A atual Escola Estadual de Educação Básica Frei Casimiro Zaffonato foi criada em 24 de agosto de 1968, através do Decreto de Criação nº 19543 e passou a funcionar em 1º de março de 1969 tendo como denominação Ginásio Estadual de Vila Ipê.
Em 05 de outubro de 1979 através da Portaria de Reorganização nº 21.391 a Escola passa a chamar-se Escola Estadual de 1º Grau Dom Frei Cândido Bampi.
O 2º Grau na Escola foi instalado em 05 de abril de 1974, sendo uma extensão do Colégio Estadual de Vacaria Professor José Fernandes de Oliveira.
Em 17 de fevereiro de 1982 através do Decreto de Criação nº 30.556 é criada a Escola Estadual de 2º Grau de Vila Ipê que passa a funcionar em 13 de abril de 1982.
A Portaria de Unificação nº 8750 de 7 de março de 1984 unifica a Escola Estadual de 1º Grau Dom Frei Cândido Bampi com a Escola Estadual de 2º Grau de Vila Ipê e a Escola passa a se chamar Escola Estadual de 1º e 2º Graus Dom Frei Cândido Bampi.
Frei Casimiro Zaffonato foi o idealizador e quem junto com a comunidade ipeense construiu o prédio da atual Escola e também fez todas as tratativas junto ao Governo do Estado e Conselho Estadual de Educação para por em funcionamento a Escola. A Direção, Professores, Funcionárias e toda a comunidade escolar optou por trocar o nome da Escola e em 12 de setembro de 2000 através da Portaria de Designação e Denominação nº 00234, A Escola passou a se chamar Escola Estadual de Educação Básica Frei Casimiro Zaffonato.
Em 05 de outubro de 1979 através da Portaria de Reorganização nº 21.391 a Escola passa a chamar-se Escola Estadual de 1º Grau Dom Frei Cândido Bampi.
O 2º Grau na Escola foi instalado em 05 de abril de 1974, sendo uma extensão do Colégio Estadual de Vacaria Professor José Fernandes de Oliveira.
Em 17 de fevereiro de 1982 através do Decreto de Criação nº 30.556 é criada a Escola Estadual de 2º Grau de Vila Ipê que passa a funcionar em 13 de abril de 1982.
A Portaria de Unificação nº 8750 de 7 de março de 1984 unifica a Escola Estadual de 1º Grau Dom Frei Cândido Bampi com a Escola Estadual de 2º Grau de Vila Ipê e a Escola passa a se chamar Escola Estadual de 1º e 2º Graus Dom Frei Cândido Bampi.
Frei Casimiro Zaffonato foi o idealizador e quem junto com a comunidade ipeense construiu o prédio da atual Escola e também fez todas as tratativas junto ao Governo do Estado e Conselho Estadual de Educação para por em funcionamento a Escola. A Direção, Professores, Funcionárias e toda a comunidade escolar optou por trocar o nome da Escola e em 12 de setembro de 2000 através da Portaria de Designação e Denominação nº 00234, A Escola passou a se chamar Escola Estadual de Educação Básica Frei Casimiro Zaffonato.
Um pouco sobre Frei Casimiro:
Frei Casimiro atuou em várias atividades em diversas cidades do Estado e nos últimos 23 anos em Ipê onde construiu uma escola de ensino fundamental e médio e um ginásio poliesportivo.
Frei Casimiro destacou-se pela personalidade forte e decidida, pelo espírito empreendedor e de serviço, pela determinação corajosa nos empreendimentos religiosos, espirituais, eclesiásticos, sociais e políticos, sempre em favor do povo. Foi a alma de Ipê e de sua emancipação.
No fim de sua vida teve sérios problemas circulatórios e faleceu na madrugada de 11/06/1988, aos 76 anos no Hospital Pompéia de Caxias do Sul, tendo sido sepultado no cemitério público municipal de Ipê.
Com a chegada de Frei Casimiro, Ipê viveu importantes momentos culturais. Em fevereiro de 1964 tomou posse como pároco na matriz de São Luiz Rei da freguesia de Vila Ipê.
Na época havia na comunidade duas correntes de pensamento. A primeira via a necessidade da construção de um hospital de caridade, embora já existisse um em Antônio Prado e outro na Vila Segredo, que atendiam a comunidade.
A segunda corrente, almejava a construção de um ginásio, onde inicialmente as escolas eram mantidas com professores contratados. A partir da década de 50 as comunidades, juntamente com a prefeitura de Vacaria, começaram a construção de escolas junto as capelas ou então serviam-se das instalações existentes nas mesmas. Porém o ensino tanto nas escolinhas das capelas como da escola das Irmãs, Nossa Senhora Auxiliadora, só ia até a 4ª série primária.
A partir disso a grande maioria das crianças abandonavam seus estudos. Era reduzido o número de famílias com condições financeiras e que valorizavam os estudos, para mandarem seus filhos estudar na Escola São José, em Antônio Prado.
Frei Casimiro juntamente com Frei Rovílio Costa procuravam mostrar ao povo de Vila Ipê, pensando numa futura emancipação, a necessidade de formar quadros, o que só seria possível elevando o padrão de ensino e educação.
Explicaram que seria um ginásio orientado para o trabalho, G.O.T. (Ginásio com Orientação para o Trabalho) segundo orientações da Secretaria de Educação e Cultura. Se fosse construído um ginásio com estas orientações, facilmente conseguiriam a aprovação do Conselho Estadual de Educação, para ser um Ginásio Estadual, já que a política educacional da época voltava-se à profissionalização a nível de 1º e 2 º graus.
Em reunião no Clube Ideal com a participação de quase a totalidade dos moradores foi decidido, por maioria absoluta, a criação do ginásio.
Iniciaram-se, então, uma série de viagens a Porto Alegre para buscar orientações. Na Secretaria Estadual de Educação, Frei Casimiro e Frei Rovílio foram orientados a criar uma entidade mantenedora do Ginásio, pois era idéia da S. E. C. (Secretaria de Educação e Cultura do Estado) de que as comunidades participassem. Se fosse reivindicado ao Estado um Ginásio Estadual jamais iriam conseguir. Mas se fosse apresentada uma escola já montada segundo as exigências legais, com o compromisso da sociedade mantenedora o estado facilmente aceitaria o encargo de arcar com os recursos humanos.
Sob a orientação de Soly Gonzaga e de Valner Borges, o estatuto da sociedade a qual se chamou Sociedade Beneficente São Luis foi elaborado em dois dias. Levaram, então, os estatutos para serem registrados no Cartório de Vacaria. Estava criada a Sociedade Beneficente São Luis.
Com a diretoria formada, o próximo passo foi a aquisição de um terreno para a construção da escola.
A paróquia, possuía um lote onde se encontra hoje a sala da Sociedade Beneficente São Luis que serve também a Escola Estadual de Educação Básica Frei Casimiro Zaffonato. Nesse terreno estava a primeira capelinha dedicada a São Sebastião passando depois a capela a São Luís Rei da França, atendida pela paróquia de Antonio Prado.
De posse do terreno que totaliza 4.310 metros quadrados havia a necessidade de uma planta que estivesse dentro dos critérios de dimensão, iluminação, como deveria ser o ginásio segundo instruções do G.O.T. Frei Casimiro fez ele próprio, para reduzir os custos da mesma, uma planta com simplicidade e economia, respeitando os requisitos exigidos. De posse do esquema da planta conclamou os paroquianos das capelas a colaborarem gratuitamente na abertura dos valos e na colocação das pedras. Ele mesmo a todos dizia “Não cobrem pelo serviço, pois estou construindo um ginásio onde seus filhos irão estudar”.
Em pouco tempo as paredes estavam erguidas até o primeiro piso cuja chapa foi concretada em um dia com o auxílio de 30 seminaristas.
No dia 11 de setembro as obas tiveram seu início e já em 25 de outubro de 1965 celebrou-se solenemente a festa da Benção da Pedra Fundamental no novo ginásio. Na oportunidade com a presença de altas autoridades estaduais, municipais e o povo em geral.
Frei Casimiro em companhia do senhor Gabriel Mussato, então presidente da Fundação, percorreu o interior do município arrecadando fundos e donativos para o ginásio e nunca saia de mãos vazias. Recebia além de dinheiro, terneiras, bois, sacos de produtos agrícolas que vendia e transformava em moeda aplicando-os em Porto alegre, na antiga FICREI, o que lhe rendia juros e fazia a obra andar. Deve-se lembrar, também, da contribuição do comércio em geral e da prefeitura municipal de Vacaria.
A noite Frei Casimiro acompanhava pelo rádio a flutuação da moeda, os juros, salários, economia e política. Por intuição descobriu que a FICREI poderia fechar ou falir. Foi para Porto Alegre e lá ficou uma semana tentando retirar o dinheiro aplicado na FICREI, o que conseguiu só no último dia.
Pronto o prédio, deu-se início ao processo de criação e autorização de funcionamento junto a SEC, porém precisava-se de uma planta alta e baixa do prédio. Então Frei Casimiro e Frei Rovílio recorreram à Prefeitura Municipal de Vacaria, o Prefeito da época era o Sr. Protásio Guazelli, que prontamente pediu ao engenheiro da prefeitura que fizesse a planta sobre aquela que foi construído o ginásio.
Encaminhado o processo via Delegacia de Educação de Vacaria, a mesma justificava que não seria possível a criação do ginásio pela falta de um número mínimo de alunos (100 exigidos por lei).
Frei Casimiro percorreu todos os colégios estaduais e particulares que mantinham o quinto ano, com a finalidade de recolher nomes dos alunos para ingressariam no ginásio. Conseguiu 123, fora os 40 alunos que já haviam procurado matrícula em escolas de outras localidades.
Munido de toda a documentação necessária Frei Casimiro foi a Porto Alegre para pessoalmente expor ao Secretário da Educação o fato, entregar os documentos e explicar a verdadeira situação.
Parece exagero, porém foram registradas 42 viagens a Porto Alegre para tratar de assuntos junto ao Conselho Estadual de Educação e tudo ficava em promessas.
Mas de repente, surge uma oportunidade providencial. O então governador do Estado Sr. Perachi de Barcelos, a convite do prefeito de Antônio Prado vem inaugurar a ponte sobre o Rio das Antas.
Foi então que surgiu a idéia de convidar o governador para ver as obras já praticamente concluídas do Ginásio em Vila Ipê. Mas este fato seria quebra de protocolo e por isso encontrou forte oposição por parte do chefe da casa civil, porém, devido a insistência do prefeito de Antônio Prado foi aceito o convite.
Em ipê o povo, os seminaristas, os alunos das escolas mantinham-se reunidos em frente ao prédio do futuro ginásio. O governador e sua comitiva foram festivamente saudados com foguetes, vivas e palmas.
Tomada a palavra a Frei Casimiro além de saudar o governador, pede-lhe em nome de toda a comunidade para a criação de um Ginásio Estadual em Vila Ipê. Em resposta o governador agradeceu a recepção que lhe faziam, e sem mais delongas proclamou “Está criado o Ginásio Estadual de Vila Ipê”.
Prometeu também que tão logo que voltasse a Porto Alegre mandaria elaborar um decreto de criação do ginásio.
Agora era hora de criar um currículo para a escola, que não deveria tirar os alunos de sua região, oferecendo-lhes algo novo, com a perspectiva da escola ser profissionalizante.
Encontraram professores com licenciatura ou autorização temporária para lecionar.
Prepararam o currículo e foram a Porto Alegre. O presidente do Conselho Estadual de Educação, ao analisar o currículo e o quadro docente percebeu que a professora que iria lecionar a disciplina de Educação para o Lar, destinada às meninas, professora Geny Paim, iria completar 40 anos antes que a escola entrasse em funcionamento, o que não era aceito.
Sentados num banco do nono andar da SEC Frei Casimiro e Frei Rovílio pensavam com calma no que fazer. Até que tiveram a idéia de refazer a grade do currículo com uma justificativa para a alteração, e assim o fizeram.
Antes de fechar o expediente levaram ao professor Ulmann que vendo que tudo estava correto os levou até o padre Carlos Nunes presidente do Conselho que assinou o atestado de criação só faltando a sua devida publicação no Diário Oficial.
Na volta para casa pararam em Caxias do Sul e compraram foguetes. No domingo, Frei Casimiro pediu que fossem Angelin Girotto, Leonelo Soprano, Italino Ziliotto e Noreno Pelin os encarregados pelos foguetes: “Quando eu tocar os sinos para a missa vocês vão estourando os foguetes até terminar o estoque”.
Eram mais de 600 foguetes. Todo mundo saiu para a rua para ver o que estava acontecendo. Ninguém sabia de nada. O segredo entre os dois tinha sido bem guardado e nem os que estouraram os foguetes sabiam.
Na hora do sermão Frei Casimiro entusiasmadamente pediu: “Vocês ouviram os foguetes? Sabem por quê? Foi criado o Ginásio Estadual de Vila Ipê”.
O povo recebeu a notícia com igual entusiasmo de seus protagonistas e atendeu ao apelo de mandar seus filhos para a escola.
Finalmente, corpo docente, discente, autorização de funcionamento, tudo pronto e no dia 01 de março de 1969 o Ginásio Estadual de Vila Ipê deu início as atividades escolares.
Já em 1970, no mês de fevereiro deu-se início a construção da segunda parte do prédio com mais 09 salas e salão de atos. A ampliação foi motivada pela vinda de 80 alunos seminaristas de Veranópolis. Sua conclusão ocorreu no final de 1971.
Com o passar do tempo os alunos iam concluindo o curso ginasial e Frei Casimiro antecipadamente procurou a instalação de uma extensão da Escola Estadual José Fernandes de Oliveira para o 2º grau. Foi então implantado o curso com as habilitações de auxiliar de laboratório e análises químicas e auxiliar de adubação.
Em 1979 o Ginásio Estadual de Vila Ipê tem seu nome alterado para Escola Estadual de 1º Grau Dom Frei Cândido Bampi e o científico, antigo 2º grau. Em 1982 com a publicação da Portaria de Unificação passa a chamar-se de Escola Estadual de 1º e 2º Graus Dom Frei Candido Bampi autorizando também o funcionamento de classes de Jardim da Infância, nível B e aprova o Regimento com as bases curriculares.
Já em 22/02/2001 a escola passou a chamar-se Escola Estadual de Educação Básica Frei Casimiro Zaffonato como forma de homenagear a Frei Casimiro pela sua dedicação, empenho e empreendedorismo na realização do sonho da comunidade ipeense em ter uma Escola Estadual.
Da sua criação até hoje, a escola passou por vários momentos políticos e educacionais, dos quais teve sempre que se adaptar da melhor maneira possível dentro das exigências, das mudanças e da realidade tanto do local como da clientela.
O que é indispensável registrar é que sua atuação sempre foi dinâmica, tanto a nível local como também regional, envolvendo várias áreas. Prova disso, é a grande quantidade de troféus ganhos nas mais diversas modalidades tais como futebol, vôlei, participação nos JERGS, concursos de poesia e redações.
São 40 anos de participação intensa na vida da comunidade de Ipê. Para todos os que por aqui passaram a escola fez a diferença, não somente pelos ensinamentos, mas também pelos laços afetivos, pelos grupos sociais nela formados, pelas lideranças que ela despertou, pelas amizades, namoros e até casamentos que aqui tiveram seu início.
Quanto a bagagem cultural aqui adquirida é necessário comentar já que hoje, na sociedade ipeense vê-se ex-alunos ocupando cargos de destaque nas mais diversas áreas, o que testemunha sua importância.
Muitas foram e são as atividades desenvolvidas pela escola como as comemorações, feiras de ciências, dos concursos de redações e poesias, de trabalhos manuais, festivais e as excursões que em muito propiciaram a interação com outras comunidades e realidades distintas da nossa.
Outra festividade muito aguardada é a escolha das soberanas da escola, antigamente realizada anualmente e hoje a cada dois anos, sempre com um grandioso baile.
E as festas juninas com teatros, quadrilhas e casamento caipira que movimentam os alunos e a comunidade.
O Festival e o Campeonato de Xadrez que através do jogo busca o desenvolvimento do raciocínio lógico e estratégico.
A filosofia da escola é colocar-se ao lado do aluno e caminhar junto com ele durante todo o processo de aprendizado, fazendo do diálogo um processo educativo e um ponto de abertura e humanização, com respeito a bagagem cultural, as limitações e as diferenças individuais, contudo oferecendo condições para que cada um construa sua história e exerça sua cidadania.
Frei Casimiro atuou em várias atividades em diversas cidades do Estado e nos últimos 23 anos em Ipê onde construiu uma escola de ensino fundamental e médio e um ginásio poliesportivo.
Frei Casimiro destacou-se pela personalidade forte e decidida, pelo espírito empreendedor e de serviço, pela determinação corajosa nos empreendimentos religiosos, espirituais, eclesiásticos, sociais e políticos, sempre em favor do povo. Foi a alma de Ipê e de sua emancipação.
No fim de sua vida teve sérios problemas circulatórios e faleceu na madrugada de 11/06/1988, aos 76 anos no Hospital Pompéia de Caxias do Sul, tendo sido sepultado no cemitério público municipal de Ipê.
Com a chegada de Frei Casimiro, Ipê viveu importantes momentos culturais. Em fevereiro de 1964 tomou posse como pároco na matriz de São Luiz Rei da freguesia de Vila Ipê.
Na época havia na comunidade duas correntes de pensamento. A primeira via a necessidade da construção de um hospital de caridade, embora já existisse um em Antônio Prado e outro na Vila Segredo, que atendiam a comunidade.
A segunda corrente, almejava a construção de um ginásio, onde inicialmente as escolas eram mantidas com professores contratados. A partir da década de 50 as comunidades, juntamente com a prefeitura de Vacaria, começaram a construção de escolas junto as capelas ou então serviam-se das instalações existentes nas mesmas. Porém o ensino tanto nas escolinhas das capelas como da escola das Irmãs, Nossa Senhora Auxiliadora, só ia até a 4ª série primária.
A partir disso a grande maioria das crianças abandonavam seus estudos. Era reduzido o número de famílias com condições financeiras e que valorizavam os estudos, para mandarem seus filhos estudar na Escola São José, em Antônio Prado.
Frei Casimiro juntamente com Frei Rovílio Costa procuravam mostrar ao povo de Vila Ipê, pensando numa futura emancipação, a necessidade de formar quadros, o que só seria possível elevando o padrão de ensino e educação.
Explicaram que seria um ginásio orientado para o trabalho, G.O.T. (Ginásio com Orientação para o Trabalho) segundo orientações da Secretaria de Educação e Cultura. Se fosse construído um ginásio com estas orientações, facilmente conseguiriam a aprovação do Conselho Estadual de Educação, para ser um Ginásio Estadual, já que a política educacional da época voltava-se à profissionalização a nível de 1º e 2 º graus.
Em reunião no Clube Ideal com a participação de quase a totalidade dos moradores foi decidido, por maioria absoluta, a criação do ginásio.
Iniciaram-se, então, uma série de viagens a Porto Alegre para buscar orientações. Na Secretaria Estadual de Educação, Frei Casimiro e Frei Rovílio foram orientados a criar uma entidade mantenedora do Ginásio, pois era idéia da S. E. C. (Secretaria de Educação e Cultura do Estado) de que as comunidades participassem. Se fosse reivindicado ao Estado um Ginásio Estadual jamais iriam conseguir. Mas se fosse apresentada uma escola já montada segundo as exigências legais, com o compromisso da sociedade mantenedora o estado facilmente aceitaria o encargo de arcar com os recursos humanos.
Sob a orientação de Soly Gonzaga e de Valner Borges, o estatuto da sociedade a qual se chamou Sociedade Beneficente São Luis foi elaborado em dois dias. Levaram, então, os estatutos para serem registrados no Cartório de Vacaria. Estava criada a Sociedade Beneficente São Luis.
Com a diretoria formada, o próximo passo foi a aquisição de um terreno para a construção da escola.
A paróquia, possuía um lote onde se encontra hoje a sala da Sociedade Beneficente São Luis que serve também a Escola Estadual de Educação Básica Frei Casimiro Zaffonato. Nesse terreno estava a primeira capelinha dedicada a São Sebastião passando depois a capela a São Luís Rei da França, atendida pela paróquia de Antonio Prado.
De posse do terreno que totaliza 4.310 metros quadrados havia a necessidade de uma planta que estivesse dentro dos critérios de dimensão, iluminação, como deveria ser o ginásio segundo instruções do G.O.T. Frei Casimiro fez ele próprio, para reduzir os custos da mesma, uma planta com simplicidade e economia, respeitando os requisitos exigidos. De posse do esquema da planta conclamou os paroquianos das capelas a colaborarem gratuitamente na abertura dos valos e na colocação das pedras. Ele mesmo a todos dizia “Não cobrem pelo serviço, pois estou construindo um ginásio onde seus filhos irão estudar”.
Em pouco tempo as paredes estavam erguidas até o primeiro piso cuja chapa foi concretada em um dia com o auxílio de 30 seminaristas.
No dia 11 de setembro as obas tiveram seu início e já em 25 de outubro de 1965 celebrou-se solenemente a festa da Benção da Pedra Fundamental no novo ginásio. Na oportunidade com a presença de altas autoridades estaduais, municipais e o povo em geral.
Frei Casimiro em companhia do senhor Gabriel Mussato, então presidente da Fundação, percorreu o interior do município arrecadando fundos e donativos para o ginásio e nunca saia de mãos vazias. Recebia além de dinheiro, terneiras, bois, sacos de produtos agrícolas que vendia e transformava em moeda aplicando-os em Porto alegre, na antiga FICREI, o que lhe rendia juros e fazia a obra andar. Deve-se lembrar, também, da contribuição do comércio em geral e da prefeitura municipal de Vacaria.
A noite Frei Casimiro acompanhava pelo rádio a flutuação da moeda, os juros, salários, economia e política. Por intuição descobriu que a FICREI poderia fechar ou falir. Foi para Porto Alegre e lá ficou uma semana tentando retirar o dinheiro aplicado na FICREI, o que conseguiu só no último dia.
Pronto o prédio, deu-se início ao processo de criação e autorização de funcionamento junto a SEC, porém precisava-se de uma planta alta e baixa do prédio. Então Frei Casimiro e Frei Rovílio recorreram à Prefeitura Municipal de Vacaria, o Prefeito da época era o Sr. Protásio Guazelli, que prontamente pediu ao engenheiro da prefeitura que fizesse a planta sobre aquela que foi construído o ginásio.
Encaminhado o processo via Delegacia de Educação de Vacaria, a mesma justificava que não seria possível a criação do ginásio pela falta de um número mínimo de alunos (100 exigidos por lei).
Frei Casimiro percorreu todos os colégios estaduais e particulares que mantinham o quinto ano, com a finalidade de recolher nomes dos alunos para ingressariam no ginásio. Conseguiu 123, fora os 40 alunos que já haviam procurado matrícula em escolas de outras localidades.
Munido de toda a documentação necessária Frei Casimiro foi a Porto Alegre para pessoalmente expor ao Secretário da Educação o fato, entregar os documentos e explicar a verdadeira situação.
Parece exagero, porém foram registradas 42 viagens a Porto Alegre para tratar de assuntos junto ao Conselho Estadual de Educação e tudo ficava em promessas.
Mas de repente, surge uma oportunidade providencial. O então governador do Estado Sr. Perachi de Barcelos, a convite do prefeito de Antônio Prado vem inaugurar a ponte sobre o Rio das Antas.
Foi então que surgiu a idéia de convidar o governador para ver as obras já praticamente concluídas do Ginásio em Vila Ipê. Mas este fato seria quebra de protocolo e por isso encontrou forte oposição por parte do chefe da casa civil, porém, devido a insistência do prefeito de Antônio Prado foi aceito o convite.
Em ipê o povo, os seminaristas, os alunos das escolas mantinham-se reunidos em frente ao prédio do futuro ginásio. O governador e sua comitiva foram festivamente saudados com foguetes, vivas e palmas.
Tomada a palavra a Frei Casimiro além de saudar o governador, pede-lhe em nome de toda a comunidade para a criação de um Ginásio Estadual em Vila Ipê. Em resposta o governador agradeceu a recepção que lhe faziam, e sem mais delongas proclamou “Está criado o Ginásio Estadual de Vila Ipê”.
Prometeu também que tão logo que voltasse a Porto Alegre mandaria elaborar um decreto de criação do ginásio.
Agora era hora de criar um currículo para a escola, que não deveria tirar os alunos de sua região, oferecendo-lhes algo novo, com a perspectiva da escola ser profissionalizante.
Encontraram professores com licenciatura ou autorização temporária para lecionar.
Prepararam o currículo e foram a Porto Alegre. O presidente do Conselho Estadual de Educação, ao analisar o currículo e o quadro docente percebeu que a professora que iria lecionar a disciplina de Educação para o Lar, destinada às meninas, professora Geny Paim, iria completar 40 anos antes que a escola entrasse em funcionamento, o que não era aceito.
Sentados num banco do nono andar da SEC Frei Casimiro e Frei Rovílio pensavam com calma no que fazer. Até que tiveram a idéia de refazer a grade do currículo com uma justificativa para a alteração, e assim o fizeram.
Antes de fechar o expediente levaram ao professor Ulmann que vendo que tudo estava correto os levou até o padre Carlos Nunes presidente do Conselho que assinou o atestado de criação só faltando a sua devida publicação no Diário Oficial.
Na volta para casa pararam em Caxias do Sul e compraram foguetes. No domingo, Frei Casimiro pediu que fossem Angelin Girotto, Leonelo Soprano, Italino Ziliotto e Noreno Pelin os encarregados pelos foguetes: “Quando eu tocar os sinos para a missa vocês vão estourando os foguetes até terminar o estoque”.
Eram mais de 600 foguetes. Todo mundo saiu para a rua para ver o que estava acontecendo. Ninguém sabia de nada. O segredo entre os dois tinha sido bem guardado e nem os que estouraram os foguetes sabiam.
Na hora do sermão Frei Casimiro entusiasmadamente pediu: “Vocês ouviram os foguetes? Sabem por quê? Foi criado o Ginásio Estadual de Vila Ipê”.
O povo recebeu a notícia com igual entusiasmo de seus protagonistas e atendeu ao apelo de mandar seus filhos para a escola.
Finalmente, corpo docente, discente, autorização de funcionamento, tudo pronto e no dia 01 de março de 1969 o Ginásio Estadual de Vila Ipê deu início as atividades escolares.
Já em 1970, no mês de fevereiro deu-se início a construção da segunda parte do prédio com mais 09 salas e salão de atos. A ampliação foi motivada pela vinda de 80 alunos seminaristas de Veranópolis. Sua conclusão ocorreu no final de 1971.
Com o passar do tempo os alunos iam concluindo o curso ginasial e Frei Casimiro antecipadamente procurou a instalação de uma extensão da Escola Estadual José Fernandes de Oliveira para o 2º grau. Foi então implantado o curso com as habilitações de auxiliar de laboratório e análises químicas e auxiliar de adubação.
Em 1979 o Ginásio Estadual de Vila Ipê tem seu nome alterado para Escola Estadual de 1º Grau Dom Frei Cândido Bampi e o científico, antigo 2º grau. Em 1982 com a publicação da Portaria de Unificação passa a chamar-se de Escola Estadual de 1º e 2º Graus Dom Frei Candido Bampi autorizando também o funcionamento de classes de Jardim da Infância, nível B e aprova o Regimento com as bases curriculares.
Já em 22/02/2001 a escola passou a chamar-se Escola Estadual de Educação Básica Frei Casimiro Zaffonato como forma de homenagear a Frei Casimiro pela sua dedicação, empenho e empreendedorismo na realização do sonho da comunidade ipeense em ter uma Escola Estadual.
Da sua criação até hoje, a escola passou por vários momentos políticos e educacionais, dos quais teve sempre que se adaptar da melhor maneira possível dentro das exigências, das mudanças e da realidade tanto do local como da clientela.
O que é indispensável registrar é que sua atuação sempre foi dinâmica, tanto a nível local como também regional, envolvendo várias áreas. Prova disso, é a grande quantidade de troféus ganhos nas mais diversas modalidades tais como futebol, vôlei, participação nos JERGS, concursos de poesia e redações.
São 40 anos de participação intensa na vida da comunidade de Ipê. Para todos os que por aqui passaram a escola fez a diferença, não somente pelos ensinamentos, mas também pelos laços afetivos, pelos grupos sociais nela formados, pelas lideranças que ela despertou, pelas amizades, namoros e até casamentos que aqui tiveram seu início.
Quanto a bagagem cultural aqui adquirida é necessário comentar já que hoje, na sociedade ipeense vê-se ex-alunos ocupando cargos de destaque nas mais diversas áreas, o que testemunha sua importância.
Muitas foram e são as atividades desenvolvidas pela escola como as comemorações, feiras de ciências, dos concursos de redações e poesias, de trabalhos manuais, festivais e as excursões que em muito propiciaram a interação com outras comunidades e realidades distintas da nossa.
Outra festividade muito aguardada é a escolha das soberanas da escola, antigamente realizada anualmente e hoje a cada dois anos, sempre com um grandioso baile.
E as festas juninas com teatros, quadrilhas e casamento caipira que movimentam os alunos e a comunidade.
O Festival e o Campeonato de Xadrez que através do jogo busca o desenvolvimento do raciocínio lógico e estratégico.
A filosofia da escola é colocar-se ao lado do aluno e caminhar junto com ele durante todo o processo de aprendizado, fazendo do diálogo um processo educativo e um ponto de abertura e humanização, com respeito a bagagem cultural, as limitações e as diferenças individuais, contudo oferecendo condições para que cada um construa sua história e exerça sua cidadania.
A Escola Estadual de Educação Básica Frei Casimiro Zaffonato Feliz Aniversário
A comunidade Ipêense nosso muito obrigado pelo apoio e confiança depositada em nossa Escola!
Tudo começou com um homem, Frei Casimiro Zaffonato. Nascido em 12/08/1912 na cidade de Antônio Prado, filho de Pedro Zaffonato e Regina Berti. Em 10/02/1929 no Convento Sagrado Coração de Jesus, em Flores da Cunha fez sua profissão religiosa e foi ordenado presbítero em 10/08/1937 por Dom Frei Cândido Maria Bampi na Catedral da Oliveira em Vacaria.
A comunidade Ipêense nosso muito obrigado pelo apoio e confiança depositada em nossa Escola!
Tudo começou com um homem, Frei Casimiro Zaffonato. Nascido em 12/08/1912 na cidade de Antônio Prado, filho de Pedro Zaffonato e Regina Berti. Em 10/02/1929 no Convento Sagrado Coração de Jesus, em Flores da Cunha fez sua profissão religiosa e foi ordenado presbítero em 10/08/1937 por Dom Frei Cândido Maria Bampi na Catedral da Oliveira em Vacaria.
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